Coração: Vida - Morte - Renascimento

Só estamos vivos de verdade quando permitimos que a vida aconteça no centro do nosso peito.

O pulsar da vida nunca é completo, pleno em todo o seu potencial, se o coração está fechado, se o que somos no fundo da nossa alma, se aquilo que trouxemos pra expressar, está anestesiado, sem movimento.

Podemos trabalhar, casar, ter filhos... muitos amigos... amantes... ter sucesso profissional... passear, ir a festas...

Mas nós sabemos que mesmo assim, não estamos vivos. 


Só um pedaço vivos!

Muitas vezes preenchemos todo o nosso tempo com muitas atividades, responsabilidades e compromissos... para não percebermos a morte em nós.

Dedicamos nossa vida para um companheiro, para um trabalho, para os filhos... porque doeria muito nos darmos conta de que estamos vivos pela metade.

Mas ela está lá! A vida! Ela está dentro do nosso peito.

Por que no peito?

Porque aí está o nosso centro. É daí que flui a energia para todas as outras partes do corpo.

É do peito que emana a verdade que tanto ansiamos expressar, desde quando somos muito pequenos.

Mas essa verdade, tão sagrada, muitas vezes não é bem aceita pelos adultos que amamos, que cuidam de nós, dos quais dependemos para viver, física e emocionalmente.

Pois, quando a criança percebe que seus sentimentos, suas emoções, sua brincadeiras,,, não foram bem aceitas pelos seus cuidadores, ela entende que ela não está sendo aceita como é. Para a criança, o que ela expressa (mesmo seu choro e suas fezes!) está vitalmente vinculado ao que ela é.

Então, inconscientemente, começa o processo de morte. Quando passamos a impedir a livre expressão da nossa alma. Aprendemos que é preciso deixar nosso eu mais autêntico guardado lá no fundo, fechado 'a sete chaves', no nosso peito.

E escondemos tão bem, que esquecemos onde ficou... esquecemos o que escondemos... Esquecemos que escondemos...

Aprendemos a descobrir o que os outros esperam de nós: o que devemos pensar, sentir, fazer... ser...

Nosso “centro” passa a ser a cabeça!

E nos moldamos, nos adaptamos... e vamos morrendo aos poucos, um pouco... ou muito...

Sem perceber, vivemos uma vida que não é nossa... passamos a ser quem não somos ou somos pela metade.

Vida... Verdade... A nossa Vida. A nossa verdade.

Cabeça? Peito!

É preciso despertá-la! A Vida!

É preciso dar autorização para que ela se mostre. Já que antes foi desautorizada... Permitir!

Aos poucos, sem pressa, sem obrigação... mas com confiança, e serenidade...

... Renascendo a cada dia no altar da nossa Fênix.






Angelica Pio

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